Olá galera, me veio a mente de compartilhar algumas informações úteis com vocês, então porque não começar com algo intrigante como a Web Semântica. Mas aí você me pergunta: O que é a Web Semântica? Pra que serve? Calma jovem Jedi, continue lendo e veja a maravilha da Internet.

Web Semântica


Atualmente, a maior parte das ferramentas de busca resolve suas consultas apenas com base em uma ou mais palavras-chave. Esta característica limita a cobertura e a precisão destas consultas. A cobertura é prejudicada porque recursos relevantes descritos com termos relacionados às palavras-chave usadas na requisição deixam de ser recuperados. Por sua vez, a precisão é prejudicada porque recursos não relevantes que contém as palavras-chaves em sua descrição acabam sendo recuperados. Tal situação ocorre principalmente em consultas envolvendo palavras-chave que possuem mais de um significado.

A Web Semântica foi proposta como a solução para resolver estas limitações. O seu objetivo é melhorar a descrição dos recursos oferecidos na Web, de forma que a sua Semântica possa ser compreendida tanto por humanos quanto por aplicações de software. Uma definição da Web Semântica é fornecida pelo seu idealizador, Tim Berners-Lee (2001):

“A Web Semântica é uma extensão da Web atual, na qual é dada a informação um significado bem definido, permitindo que computadores e pessoas trabalhem em cooperação.”

Segundo Breitman (2010), o conceito da Web Semântica tem conquistado uma grande aceitação na medida em que novos aplicativos de software têm sido desenvolvidos, não somente em ambientes de pesquisa acadêmica, mas também junto ao Governo e à iniciativa privada. Dentre outras coisas, ela dá às pessoas a capacidade de descreverem repositórios de dados na Web de forma mais detalhada, estabelecerem vocabulários e registrarem regras para trabalharem com esses dados. Ademais, permitem que uma máquina possa interpretar o significado destes dados para realizar buscas com maior qualidade, o que torna estas ferramentas mais inteligentes e dinâmicas.

Porém, segundo Berners-Lee (2001), a Web Semântica só mostrará seu poder quando forem criados programas que coletem conteúdo da Web de várias fontes. Esta tarefa é normalmente implementada através do desenvolvimento de agentes. Esses agentes são programas autônomos que trabalham em benefício dos usuários. Um agente pessoal na Web Semântica pode procurar informações nos recursos disponibilizados na Internet, podendo se comunicar com outros agentes, além de executar algumas tarefas ditas pelo usuário e guardar as preferências do mesmo. Os agentes possuem a função de comparar informações, de modo a entregar ao usuário respostas adequadas ao perfil de busca do mesmo.

Como Berners-Lee (2001) deixou bem evidente, a eficiência dos agentes de software pode aumentar exponencialmente quando o conteúdo da Web se torna mais legível e outros serviços automatizados ficam disponíveis. Embora os agentes de software não possam substituir as pessoas na Web Semântica, eles possuem a capacidade de melhorar a seleção e a organização das informações que serão apresentadas para o usuário.

Legal né? Ter nos dedos o poder de mostrar a maneira de como os seres humanos pensam ou classificam as coisas para um simples computador, e assim poder tirar proveito disso tendo pesquisas mais limpas e focadas no que realmente interessa para o usuário. Quer saber como a Web Semântica faz para o computador compreender o que atualmente somente seres humanos conseguem interpretar? Então fique ligado no site da Recursive e aproveite para acompanhar o que fazemos.

Até a próxima.

Referências:


BREITMAN, Karin K; Web Semântica – A Internet do futuro. Rio de Janeiro: LTC, 2010.

BERNERS-LEE, Tim; Lassila, O; Hendler, J. The Semantic Web. Scientifc American, 284(5): 34-43, 2001. Disponível em: http://scientifcamerican.com/2001/0501issue/0501berners-lee.html.

Rodrigo Freitas

Graduando em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IFPB - Campus Cajazeiras, ex-intercambista através do Ciência sem Fronteiras (CsF),onde fez Ciências da Computação na Western Illinois University (WIU) nos Estados Unidos, nesse período foi duas vezes para lista dos melhores alunos, a chamada Dean's List. Em poucas palavras, um rapaz compromissado com o que gosta e apaixonado pela computação.